Inspirados pelos mistérios do universo, organizamos uma Mostra de Trabalhos de Astronomia com os alunos do Sexto ano. O Projeto Astronomia trabalha o conteúdo de forma paralela ao currículo da disciplina de Ciências, e foi desenvolvido em parceria entre a Professora Luciana Rosa e o Monitor Diego Guimarães, aluno de licenciatura em Ciências pela FURG.
A mostra de Trabalhos contou com maquetes do Sistema solar elaborada com materiais diversificados, trabalhando a criatividade dos alunos. Também contou com a exibição de vídeos e documentários sobre o assunto despertando o interesse do todos. Os alunos das outras turmas prestigiaram os trabalhos, onde receberam explicações sobre o Sistema Solar.
O Projeto foi um sucesso e seguirá ao longo do ano com oficinas e pesquisas dinâmicas dentro da Astronomia.
Reflexão sobre o Vídeo : Pálido Ponto Azul de
Carl Sagan
A escolha deste vídeo nos faz pensar quanto as
nossas ações cotidianas e as consequências que elas têm para o planeta. Quem
somos nós ante a história do mundo? Quem somos nós ante o Universo? Milhares de
estrelas e planetas pululando o cosmo sideral e a Terra é apenas um ponto de
luz em meio a vastidão do espaço. Nossa história de vida está gravada no solo
deste pequeno e rochoso planeta que por hora é o único conhecido com vida
inteligente.
Vida, uma palavra pequena mas com uma amplidão
quase tão grande quanto o próprio universo. Nossa vida foi sagrada nas guerras,
matanças, sede de poder, barbáries em nome de religiões e ideologias. Onde o
senso de sociedade digna? Onde o amor pelo nosso grande pequeno planeta.
“Na escala dos mundos Humanos são irrelevantes”
diz Carl Sagan. Nós nos consideramos os soberanos do universo, mas
desconhecemos o que realmente existe fora do nosso alcance. As cenas do vídeo
em questão são claras. Todos os eventos históricos responsáveis pela modelagem
de nosso planeta e modo de viver aconteceram aqui. Mas esta é a “nossa”
história, este é o “nosso” mundo. Tudo o que sabemos está gravado neste ínfimo
pedaço de pedra orbitando uma estrela infinitamente maior que nós. Mas nossa
ambição não tem limites.
Líderes, Heróis, Mártires, Reis. Bandidos,
Leigos, Servos, enfim...mortais, perecíveis ante o universo. A ninguém foi dado
o direito de fazer com a natureza do planeta o que bem entendesse. Cada ato,
cada palavra, cada passo dado provoca uma consequência, e não sabemos como
enfrenta-las. Se o planeta é nosso, o dever de preservá-lo também. Ainda não
conhecemos outro lugar para nos abrigar quando este em que vivemos vier a
sucumbir. Ou seremos nós que sucumbiremos primeiro? Espécies surgiram e
desapareceram nos aproximadamente 4 bilhões de anos de nosso planeta, e esta
esfera azulada se manteve sempre forte no espaço. O que impede de que o mesmo
aconteça conosco? Somos racionais, mas não somos inatacáveis.
A Terra é nosso lar, o
terceiro planeta de um sistema de oito planetas. O terceiro na escala de
tamanhos deste sistema. E existem muitos outros Universo afora, quem garante
que somos o único sinal de vida inteligente no Universo? A própria força
criadora do universo, a própria energia que transforma a matéria, a gravidade
que sustenta mundos ao redor de estrelas, por si só já não é um sinal de
inteligência? Ledo engano o nosso ao nos concebermos como mestres do Universo.
O
Universo tem aproximadamente 13,5 bilhões de anos, se dividíssemos esse tempo
em doze partes às proporções de um período de um ano, o surgimento de nossa
raça teria acontecido nos últimos segundos desse tempo. Os últimos segundos de
um ano: o momento de nossa criação. Nossa existência é o resultado de um
processo evolutivo, onde nós os mais fortes nos sobrepusemos à outras espécies.
E se outra espécie evoluísse a ponte de se sobrepor a nós? Nada sobraria a não
ser o vestígio de mais uma espécie que faliu.
O Universo está em constante expansão à medida
que evolui. Estrelas nascem e morrem formando outros mundos desconhecidos para
nós. Enquanto nos preocupamos com nossas ambições mesquinhas, o Universo segue
seu curso, a vida segue seu curso. Os elementos da terra foram forjados em
estrelas distantes. Foram trazidos para cá por meio de corpos celestes que
encontraram nosso mundo antes de nós. Nós somos a aglomeração destes elementos.
Nós somos poeira das estrelas. O planeta em si é um grão de areia perdido nos
ventos do universo. Uma gota no Oceano infinito dos mundos. O que estamos
fazendo para cuidar deste pequeno mundo que treme diante de nossos atos
impensados? A Terra é nossa casa, e uma casa pode cair se não tiver bases
sólidas.
Cuidemos de nosso mundo, esforcemo-nos com
discernimento para fazer jus ao título de animais racionais. Por mais que
nossas ações pareçam supremas, por mais que nossa raça se considere soberana
deste mundo, devemos ter em mente que vivemos apenas num Pálido Ponto Azul,
sustentados por Um Raio de Sol.
Referências
SAGAN, Carl. Pálido Ponto Azul. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=4_tiv9v964k
acessado em 05/05/2014,
05 de maio de 2014,Diego
Pereira de Guimarães
Mostra dos trabalhos
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