Educação Ambiental
Conhecer a história da comunidade, aliada a uma educação pautada na autonomia e cidadania, torna-se essencial na construção dos pilares de sustentação a um desenvolvimento “realmente” sustentável. Quem tem que ser sustentável na realidade é a comunidade para que possa então atingir o desenvolvimento. Pequenas mudanças são bem vindas, mas as mudanças coletivas, sem dúvida, tem mais eficácia e são mais duradouras.
Cada comunidade tem suas características próprias, sua história, seus costumes, suas crenças e suas necessidades, então como podemos acreditar que um único modelo de sociedade sustentável repararia todo o mal e barraria a caminhada rumo a destruição. Isso não é possível e atualmente já está sendo discutido por muitos autores e em encontros de diálogos sobre a Educação Ambiental.
Existem na verdade, varias visões de natureza, portanto existem varias maneiras de se perceber uma crise. A educação não é neutra, é ideológica, é um ato político, baseado em valores para a transformação social. Os diferentes modos de vida, refletem determinados tipos de relação com a natureza e os conceitos que temos sobre Meio Ambientes são frutos da sociedade onde vivemos. Cada comunidade, cada família, percebe diferentemente os problemas sócio ambientais presentes na comunidade, no município , no país e no mundo, daí a necessidade de proporcionas situações onde estas falas possam ser colhidas, onde todos possam contribuir com o projeto.
O papel da Escola e o objetivo dos Projetos de Educação Ambiental em todas as comunidades e principalmente na Escola onde trabalho, é trabalhar com vistas a educação libertadora, que prepara para a autonomia, que busca a inclusão do homem dentro de conceito de Meio Ambiente. O trabalho do Educador ambiental neste caso é possibilitar vivências, reflexões, aprendizagens, geração do conhecimento e o fortalecimento do trabalho coletivo. Quanto mais estas aprendizagens ultrapassarem os muros das escolas e atingirem as famílias dos aprendentes, quanto mais se espalharem pelas comunidades, mais teremos sucesso na busca de um mundo melhor, mundo livre da atuação ditadora a favor do progresso a qualquer preço,da dominação do homem sobre a natureza.
Torna-se necessário ainda conhecer a si mesmo, ter pertencimento à comunidade, para que este vínculo possibilite o conhecimento do lugar. O pertencimento é o indicador que avaliza a execução de qualquer intervenção na comunidade. A constituição de comunidades aprendentes dar-se-á por meio de projetos que garantam a responsabilidade e a transformação dos sujeitos e da realidade.
Meu papel nesta comunidade, além de refletir sobre minhas intenções como Educadora Ambiental é possibilitar essa reflexão entre os alunos, professores e comunidade em geral. É garantir trocas entre a Escola e a Comunidade, valorizando o trabalho voluntário e aproveitando os “Saberes da Comunidade” na construção de um Projeto de Educação Ambiental.
Carine MottiNo dia 28 de setembro realizamos a I Mostra de Educação Ambiental na Escola Jorge Enéas Sperb.
O objetivo deste trabalho foi socializar as iniciativas de cada turma a respeito das questões ambientais. Estiveram presentes todos os alunos da escola, os professores, funcionários e a comunidade em geral. Agradecemos especialmente a presença do senhor Argílio e o Fabiano, do Horto Florestal do Litoral Norte que trouxeram mudas de árvores nativas para doar e assistiram as apresentações dos alunos. Agradecemos a presença das biólogas da secretaria municipal de Meio Ambiente e as supervisoras da secretaria de Educação: Odete, Lorena, a nutricionaista Daniela e a presidente do Conselho Municipal de Educação: Zélia. Agradeço especialmente aos alunos pela linda demonstração de amor pelo Meio Ambiente!
Em breve postaremos os vídeos produzidos durante a Mostra.